domingo, 9 de outubro de 2011

Midnight in Paris



Fui ver este filme praticamente quando ele saiu, sem ideia nenhuma do que era, com quem era, só sabia que era o ultimo do Woody Allen e que se passava em Paris. Devia ir ver todos os filmes assim, sem expectativa nenhuma, sem nenhuma ideia pré-concebida.

O filme não é memorável, de todo. A história é meia parvinha, acompanhada pelo Owen, também ele meio cara de parvo (não percebo esta escolha, mesmo), com uma namorada também ela meia parvinha, acompanhada pelos pais, também eles na parvoeira.

Mas ainda assim, o filme é delicioso. Paris é deliciosa. Adorei rever a cidade e também eu, gostaria ocasionalmente de poder sentar-me à mesa com Dalí (o meu personagem preferido), Picasso e tantos outros artistas que marcaram a cidade e a Arte para sempre. Não gosto do pensamento saudosista, não gosto de acreditar que no passado é que era bom. Mas é impossível não sentir que eram tempos especiais, que daqueles encontros diários nos mesmos sítios, na mesma cidade, daquelas conversas, nasciam obras especiais. É difícil encontrar tal entusiasmo agora, perdidos que estamos em divulgações do nosso trabalho na página no facebook, twitter ou behance. Vejo trabalho de outros designers ou ilustradores por blogues e portfolios, mas a mística perdeu-se.

Quem não gostaria de apanhar a carruagem ali no Rossio e ser levado para se sentar à mesa no Chiado com Almada Negreiros e Fernando Pessoa? Eu sim.

1 comentário:

  1. Ou Eça de Queirós e Ramalho Ortigão com as suas Farpas! Antes era artista quem tinha talento e amava a arte; hoje qualquer um que ame dinheiro acha-se artista...
    Bjs*

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