quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Morro da favela


"As favelas do Rio não estão na periferia. Estão ao nosso lado, na vizinhança, na vista da janela. Em bairros pobres, em bairros nobres, nos cartões postais cariocas. O rio é favela. Não só, mas é também. Está sempre ali, a poucos metros de distância."

Foi a minha escolha deste ano do Festival de BD, onde estava com algum destaque (havia uma exposição sobre o livro e o autor tem estado no festival a dar autógrafos). Apesar da ilustração a preto e branco não me atrair especialmente, o livro quis vir comigo. É a história de Maurício Hora, fotógrafo que nasceu e vive ainda hoje — diz ele, é um fotógrafo favelado — na favela do Morro da Previdência, a primeira favela do Rio de Janeiro. Tem medo de ser assaltado "lá em baixo, no asfalto", não na favela. O seu pai foi o primeiro traficante de droga do morro, um "malandro à moda antiga", que ajudava vizinhos a resolver conflitos e comprava comida para vizinhos em dificuldades.

Li-o de rajada. Humaniza muito a vida da favela, contrapondo com a realidade sempre tão negativa que chega pelos noticiários e reflecte sobre a questão da violência, que é tantas vezes usada pela polícia indiscriminadamente, em nome de uma suposta justiça.

Amei, pô!

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