quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Já tou comó outro, vocês não se enganaram na tradução?

Vocês têm a certeza que o Krugman disse que era para baixar 20 a 30% os salários dos portugueses ou era para ficarmos com os ordenados abaixo dos dos alemães entre 20 a 30%? É que no segundo caso, teríamos provavelmente que aumentar ordenados, o que me faz mais sentido. Não percebo como poderia ser bom para a economia cortar ordenados, quando a maioria dos portugueses ganha entre os 500 e os 800€. Quando vejo anúncios, quase todos oferecem o ordenado mínimo. Vamos cortar onde?

(e na função pública já estão a haver cortes, nalguns casos acho que podem facilmente chegar aos 20%, por isso não pode ser por aí.)

4 comentários:

  1. Diferencial face à Alemanha. Mas, ou a Alemanha sobe salários ou cortamos nós. Acho que foi isto, mas não tenho a certeza!!!

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  2. O Krugman disse que Portugal tinha duas opções (uma vez que não tem moeda própria e não pode emitir moeda para gerir o valor relativo da mesma): 1. baixa os salários dos trabalhadores ou 2. congela-os ou aumenta-os muito pouco, sempre numa proporção muito inferior aos aumentos dos salários alemães. O efeito final é o mesmo, porque com a evolução da inflação o poder de compra dos portugueses fica reduzido - mas psicologicamente é diferente, porque as pessoas não vêm o seu salário ser cortado.
    Ele diz isso porque é a única forma de um país que não tem moeda própria poder tentar ser mais competitivo. Descerá o poder de compra interno, mas a teoria é que isso será muito compensado porque nós teremos, lá para fora, uma oferta mais barata e aumentaremos, portanto, as exportações.

    Se faz sentido ou não? Isso já não sei.

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  3. Podem, sim, é cortar no salários brutais dos administradores públicos. Os funcionários não recebem tão bem quanto a grande parte da população pensa, nem sequer já vivemos em época em que tinham direito a um montão de regalias. Agora, há aí muito administrador público que não faz nenhum e ganha rios de dinheiro - esses é que deviam levar com os cortes...

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  4. Mas a questão é: já não ganharemos nós, em média, 20 a 30% menos do que um alemão (na mesma profissão)?

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Digo eu de que: