sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Somos todos Quintanilha?

A primeira reacção quando ouvi falar no "eleito, eleita" foi irritar-me. Afinal de contas não há piada nenhuma a fazer-se em relação à orientação sexual e identidade de género, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Mas cometi um erro crasso, que já devia ter aprendido há muito: nas redes sociais como na vida, não devemos ficar com as dores alheias. Quando finalmente me dei ao trabalho de ver a peça pareceu-me claro que era um equívoco entre o Quintanilha e a deputada do Bloco.

É assustadora a prontidão com que todos saem para a rua com tochas, prontos a queimar um jornalista que cometeu um erro próprio de estar a apresentar em directo, quando à mesa, em casa, nos empregos, nas famílias, a homofobia continua e está para durar.

3 comentários:

  1. Eu também fiz um pré-juízo antes de ver o vídeo. Já andava meio mundo exaltado a pedir a cabeça do JRS e eu deixei-me levar. Até que vi o vídeo à noite, em casa e me pareceu evidente que, nesta situação, o "sururu" é completamente exagerado. Se nos exaltássemos todos assim quando alguém diz que o puto parece uma menina a correr ou que o filho da D. Ermelinda é bichona, o mundo seria um sítio melhor.

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  2. É um exercício interessante (e assustador ) ler o exacerbar dos insultos nestas situações e como nunca há lugar à dúvida. As sentenças também nunca são meigas: no mínimo um murro nos dentes.

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Digo eu de que: