segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Fins de semana longos

Uma querida amiga perdeu a mãe num acidente de carro. Esquecemo-nos que é tantas vezes sem aviso que partem as pessoas mais importantes das nossas vidas. Somos exímios em arranjarmos preocupações e ocupações para não estarmos com as pessoas de quem gostamos: tempo, distância, filhos, trabalho, cansaço. Mas uma tragédia força-nos a ser honestos connosco. Rapidamente e sem alinhamento de planetas, todos arranjámos tempo.

No velório dei-me conta da coincidência de ter na mala o livro tibetano da vida e morte. De facto, às vezes parece que é preciso alguém morrer para percebermos que ainda estamos vivos.

3 comentários:

  1. E uns dias depois, voltamos ao mesmo.

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    1. talvez. mas eu acho que tenho vindo a adaptar as minhas prioridades ao longo dos anos.

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  2. É verdade, umas das minhas grandes dificuldades. Só me apetece estar cercado por quatro paredes na minha.

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Digo eu de que: